segunda-feira

Calor

Ao encontrar seus olhos, os meus desviavam
Suava todo o pecado que me preenchia
E tirava a blusa de frio, culpando os outros por espalharem tanto
calor em um lugar
Malditos humanos.

E o tempo é algo realmente inadmissível.

Tudo o que o passado não pôde experimentar
Foi traduzido em horas comprimidas, em minutos alongados
Mas que não foram suficientes para que eu me desse conta

(...)

Você está deitado com a cabeça em meu colo
E eu me pergunto por que é que o momento errado sempre é o que faz
tudo acontecer
É na desordem que a verdadeira paz se manifesta
E eu sentia tudo isso ali, encostada em você, mas não com você.

Porque encostar não é nada que se possa fazer durar

E eu só podia encostar,
enquanto seus olhos me tocavam

E tocar é atingir e fazer soar
Atemporalmente
Qualquer coisa que me faça saber que está ali, em mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

é eu gosto desse relato!